#7 Edição: Conheça as vantagens da Integração Vertical de Currículos
Você sabia que o famoso "juntar as turmas" é coisa do passado? A prática convencional de identificar disciplinas comuns entre diferentes cursos e turmas, e reuni-las visando otimizar espaços e vagas apresenta mais problemas que benefícios.
A alternativa muito mais eficaz e com efetivos ganhos metodológicos, é o da integração vertical de currículos. Você já ouviu falar?
Apesar de ser um tema novo para muitos gestores universitários, a integração vertical de currículos merece ser conhecida em detalhes, pois transforma radicalmente a maneira como os conteúdos se relacionam, e permitem ao aluno interagir com o conhecimento de maneira mais livre e orientada pelas suas necessidades de aprendizagem.
A integração vertical de currículos ocorre quando as instituições colocam numa mesma turma alunos de semestres diferentes, de períodos diferentes. Isto se torna possível quando a matriz curricular é baseada em módulos interdisciplinares ou ainda, em projetos.
No video a seguir detalho vários aspectos da integração vertical de currículos. Esta aula faz parte de uma série de videos sobre temas que interessam ao gestor universitário. Para assistir ao video, clique no link e aproveite para ter acesso gratuito a todos os vídeos da série Inovações Educacionais.

Integração Horizontal de Currículos
A Integração Horizontal de Currículos se dá quando temos várias disciplinas em um determinado curso que podem ser “aproveitadas” em um curso diferente. Procuram-se essas matérias em comum para juntar as turmas e otimizar o seu ensalamento. É muito comum matrizes curriculares e cursos, como por exemplo administração, ter disciplinas em comum com ciências contábeis.
Nas exatas integra-se um tanto de disciplinas como cálculo, com os fundamentos de física. Na área de saúde integra-se às disciplinas de anatomia e fisiologia.
Integração Vertical de Currículos
Na integração vertical de currículos alunos de semestres diferentes e até de períodos diferentes podem ser colocados numa mesma sala juntos a partir da conexão entre eles pelos conteúdos que realmente façam sentido para a realidade de aprendizagem de cada um. Naturalmente que as diferentes maturidades no desenvolvimento do curso e os próprios objetivos com cada conteúdo e competências podem ser automaticamente ajustadas ao momento que o aluno se encontra em sua jornada no curso.
Você talvez possa estar se perguntando: legal o conceito, mas como fazer isso na prática?
Matriz Curricular baseada em módulos interdisciplinares
Para implementar a integração vertical de currículos, é preciso criar uma matriz curricular que não seja baseada em disciplinas, mas sim em módulos interdisciplinares ou preferencialmente em projetos. O conteúdo de diversas disciplinas são unidas dentro de um projeto, colocando este conteúdo em tempo presente, just in time.
No exemplo de um curso em que existem 120 alunos matriculados em seus 8 semestres, é possível dividi-los em 3 turmas de 40 alunos cada, não importa em que semestre eles estejam. Como hipótese, pode-se alocar o primeiro semestre na primeira turma, o semestre intermediário na segunda turma e o semestre mais avançado na terceira turma.
Esta divisão de alunos pode ser feita a partir de critérios próprios desenvolvidos pelos gestores, e que façam sentido para a realidade do curso, das turmas e da própria instituição.
Além disso, a integração vertical de currículos traz inúmeros ganhos pedagógicos, pois coloca alunos de diferentes níveis para interagirem em atividades que contam com instrução pelos próprios pares, ou seja, os alunos cooperam e se ajudam uns aos outros, fortalecendo seus laços, bem como desenvolvendo aptidões para o trabalho em equipe e para competências de liderança.
Em um currículo baseado em módulos interdisciplinares ou por projetos, a partir da integração vertical, torna-se mais fácil inserir os conteúdos das disciplinas fundamentais em módulos integrativos, de modo que a oportunizar aos alunos o contato com o conhecimento junto a vivências práticas ligadas a futura profissão.
A experiência que temos com este tipo de integração curricular mostra alunos muito mais motivados, com melhoras significativas na:
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qualidade do aprendizado;
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relação dos alunos com seus pares, com o mercado e com os fundamentos da profissão;
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aumento da a motivação do aluno;
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economia de recursos para a instituição.
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Ryon Braga. Sócio-Fundador da Neoperspectiva Consultores Associados e da Faculdade Multiversa. Consultor educacional há 25 anos, assessorou mais de 400 instituições universitárias em 5 países, tendo sido reitor do Centro Universitário UniAmérica, fundador das consultorias Atmã e Hoper Educação.

Ryon Braga
Sócio-Fundador da Neoperspectiva Consultores Associados.