#5 Edição: Modelos Híbridos de Educação
O que de fato caracteriza o modelo híbrido de educação, e como diferenciá-lo dos formatos básicos que apenas adicionam percentuais de atividades em EAD?
Um dos setores mais impactados pelas novas tecnologias de comunicação é o da educação. Sendo a transferência de conhecimentos um dos pilares do processo de aprendizagem, a possibilidade de empregar ferramentas que agilizam e enriquecem esta experiência faz com que a adesão a softwares e plataformas de ensino à distância tenham aumentado muito nas últimas décadas.

No surgimento do que chamamos de EAD, o custo de implantação dos primeiros sistemas (quem se lembra daqueles equipamentos via satélite?), a dificuldade de operação técnica, e os limites da tecnologia, tornavam esta modalidade uma grande promessa para o futuro, mas um imenso desafio para aquele momento.
A internet e o aumento da banda para tráfego de dados, associado ao avanço e redução de custos dos equipamentos, transformou notebooks e os próprios telefones celulares em estações portáteis de videoconferência, enriquecidos com recursos que tornam a troca de arquivos, dados e de interação muito mais sofisticados. Esta nova realidade ampliou o potencial de emprego do ensino à distância para mais instituições e mais alunos.

Mas em virtude de algumas restrições regulatórias no Brasil, a adoção destas novas tecnologias pelas Instituições de Ensino caminhou a passos mais lentos por aqui do que em outras regiões do mundo. Com a ampliação da acessibilidade a celulares conectados à internet, e especialmente com a pressão inesperada da pandemia do COVID 19 pela virtualização das interações, o que era tendência e opção, se tornou obrigatoriedade.
De um dia para o outro, as IES se viram forçadas a migrarem seus conteúdos e atividfades pedagógicas para o ambiente virtual ou remoto. E o que pudemos observar neste período foi a predominância do mesmo modelo pedagógico presencial apenas "transportado" para o ambiente virtual. Mesmo com recursos como listas de chamadas automáticas pelos softwares, muitos docentes permaneceram fazendo chamadas nominais. Ainda que diversas alternativas para realização de divisões em sub-grupos, avaliações com sistema de segurança anti-fraude, e produção e apresentação de conteúdos originais estivessem à disposição, as dificuldades para inseri-los na "nova sala de aula" foram gigantescos.

O movimento mais convencional que se observou foi o da inserção de um percentual de até 40% da carga horária total do curso em atividades online e assíncronas, enquanto o restante permaneceu no modelo presencial. Isto não é modelo de ensino híbrido.
O que se denomina modelo híbrido ocorre quando as atividades presenciais e assíncronas (digitais) ocorrem de modo integrado e coerente. Há uma conexão funcional, pedagógica e pragmática entre o que o aluno trabalha em sala de aula e aquilo que ele apreende com os recursos digitais. E o sentido inverso também é rico. A partir de conteúdos e experiências que os instrumentos digitais oferecem, o professor pode desenvolver novas práticas presenciais que reforçam os conteúdos e atribuem sentido aplicado a eles.
Apesar das vantagens do modelo híbrido, 97% das IES ainda adotam o modelo simples! Este dado revela como a inovação na educação ainda encontra barreiras em modelos mentais e pedagógicos ultrapassados, e principalmente na defasagem da gestão universitária.
A atualização e qualificação dos gestores universitários é um dos elementos de maior relevância e urgência no cenário das IES brasileiras. Em um setor que se profissionaliza e amplia a competitividade com grande rapidez, o gestor que permanecer imóvel será engolido pelas novas tendências e práticas que estão sendo adotadas no mercado brasileiro.
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Ryon Braga. Sócio-Fundador da Neoperspectiva Consultores Associados e da Faculdade Multiversa. Consultor educacional há 25 anos, assessorou mais de 400 instituições universitárias em 5 países, tendo sido reitor do Centro Universitário UniAmérica, fundador das consultorias Atmã e Hoper Educação.

Ryon Braga
Sócio-Fundador da Neoperspectiva Consultores Associados.