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09.09.2022 EducaçãoConsultoria

#14 Edição: Do conteúdo para as competências: o novo paradigma da Educação

As atividades de ensino nos mais diversos níveis da educação foram sistematizadas a partir das necessidades do mercado de trabalho que exigia trabalhadores detentores de conhecimentos específicos. Quanto mais específicas se tornaram as atividades a partir da Revolução Industrial, mais específicas se tornaram as disciplinas e os métodos de ensino. 




Para um processo que exibia uma de suas maiores riquezas pela capacidade de adotar padrões (standards), o ensino foi inspirado pelas linhas de produção das indústrias que proliferavam pela Europa, movidas a carvão e vapor. Hoje podemos olhar para o passado não tão longíquo e compreender de que modo a adoção da divisão de salas de aulas, turnos e períodos, uso de uniformes, textos apostilados, livros de base e currículos padronizados fizeram sentido para uma sociedade que se desenvolvia e gerava riquezas por meio da capacidade de reproduzir os mesmos atos com previsibilidade.

Aliás, a previsibilidade era uma característica que predominava na história humana, ainda que o desconhecido e o incontrolável rondassem a evolução humana, a rigor, as gerações detinham uma compreensão limitada dos fenômenos naturais e de sua própria natureza, o que produzia um paradoxal efeito de estabilidade com a percepção de uma realidade estática. Neste sentido, até o caos era previsível.

Estas tradições se tornaram tão arraigadas em nossa cultura que mesmo quando seus benefícios passaram a diminuir, permanecemos incapazes de compreender e, quando muito, de assumir a necessidade de mudança. 




Sabemos que o avanço da eletrônica e da tecnologia da informação, que culminou com a internet (da Web 1.0 a 3.0), transformou radicalmente a forma como produzimos e consumimos conhecimento, bem como a maneira como nos relacionamos. Para quem viveu os já não tão recentes tempos da Enciclopédia Barsa, dos manuais e das grandes bibliotecas acessíveis para poucos, o valor do acesso a uma quantidade praticamente infinita de informações assume relevantes proporções.

É neste contexto que nos vemos atualmente, ou seja, numa geração que nasce em um formato padronizado de ensino e com acesso restrito ao conhecimento, mas que assiste a uma radical transformação tecnológica que passa a exigir iguais transformações na educação e nas relações humanas.

Este é um assunto que ecoa em diversas áreas e perante vários especialistas, e o que se destaca é o fato de que a promessa de um mundo dominado por robôs e sistemas automatizados de processamento de informações se tornou realidade. Num país que apresenta desigualdades estruturais, como o Brasil, é natural encontrarmos salas de aula em que falta giz, ao mesmo tempo em que o setor de desenvolvimento de softwares demanda mais de 800 mil profissionais de TI até 2025 (Fonte: Brasscom, 2022). Esta distorção social pode dar uma falsa sensação de que as mudanças disruptivas de que tanto se ouve a respeito não passem de exageros extraídos dos filmes de ficção científica. Mas a realidade é outra, e ela anda rápido, muito rápido.

É por isto que na Faculdade Multiversa e na nossa nova empresa de Consultoria em Educação, aNeoperspectiva, os temas mais atuais e avançados da educação são tratados com prioridade e profundidade. A mudança para um sistema educacional que valorize o que há de mais humano nos profissionais, para que os mesmos sejam capazes de empregar o conhecimento técnico de modo funcional e significativo, representa inverter a lógica do século passado.




Precisamos, literalmente, apertar a tecla F5!

Precisamos de uma rápida e profunda atualização do nosso "sistema operacional educacional", para incluir novos formatos curriculares, novas abordagens pedagógicas e um novo significado para a própria educação. Para além dos disputados debates filosóficos e teóricos sobre o papel da educação, desde seu caráter libertário a concepção de um instrumento para dominação ideológica, o que precisamos no Brasil é de um choque de pragmatismo que supere os ranços de um modelo ultrapassado de relação entre ensino e mercado de trabalho.


O ensino significativo é aquele que entrega para o aluno um conhecimento que seja aplicável a sua realidade, que seja capaz de modificar uma condição que esteja ao seu alcance e que faça a diferença não apenas para si próprio, mas para todos o que são influenciados ou afetados por ela. Em outras palavras, o ensino precisa estar intrinsecamente conectado com a realidade e ensinar competências.


Para muito além da atual curricularização da extensão (uma iniciativa muito bem vinda e que precisa ser levada a sério), o processo de aprendizagem significativa exige que o aluno seja desafiado o tempo todo a identificar problemas prioritários, dar-lhes o devido significado e peso, e a partir do manuseio de diferentes disciplinas, métodos e técnicas mais avançadas disponíveis, propor e aplicar soluções que façam sentido para o contexto em que se está inserido. E isto tudo, em um ambiente de grande complexidade, dinâmico e que exige a capacidade de trabalhar em equipe.




Esta é a característica da saída do foco dos conteúdos para o ensino das competências, ou seja, de deixar a busca e a apreensão dos conhecimentos como meio para o desenvolvimento das competências que representam as reais transformações humanas desejadas. Na medida em que automatizações realizadas em alto nível por sistemas dotados de inteligência artificial se proliferam em todos os setores substituindo a necessidade de habilidades operacionais e repetitivas, são os atributos efetivamente humanos que precisam ser aperfeiçoados.

Já não há mais espaço para sustentar o modelo que garante a empregabilidade a partir de currículos técnicos por um lado, para em pouco tempo resultar no desligamento do colaborador por não apresentar competências e habilidades mínimas para a realidade complexa em que vivemos . Esta é a transformação paradigmática que assistimos nos centros educacionais mais avançados do mundo, e que estão ao nosso alcance, pois elas nos levam às origens do que nos tornam humanos. 

Para fazer frente a estes desafios a Faculdade Multiversa optou por iniciar o nível da graduação com dois cursos essenciais para estas tarefas: Psicologia e Administração. Se você tem interesse em conhecer mais dos diferenciais que estão sendo desenvolvidos, acesse o site da Faculdade Multiversa, acompanhe nossas publicações e fique atento para as novidades que serão lançadas em breve!




Ryon Braga

Ryon Braga

Sócio-Fundador da Neoperspectiva Consultores Associados.

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